A trombose é uma condição adversa de saúde que requer atenção — não é à toa que o dia 13 de outubro é conhecido como o Dia Mundial da Trombose, data que visa trazer conscientização sobre a doença.
Conforme a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), trata-se da “formação de coágulos dentro dos vasos sanguíneos, onde o sangue no estado líquido se transforma numa ‘massa’ de células e em outros elementos que podem obstruir parcialmente ou na totalidade os vasos”. No Brasil, a incidência da trombose é até 400 mil casos por ano, com prevalência entre pessoas idosas, segundo a SBACV.
O médico vascular Gustavo Marcatto lista os fatores que predispõem a trombose: problemas de circulação, problemas vasculares, colesterol alto, obesidade, câncer, imobilização, uso de anticoncepcionais ou outros medicamentos hormonais, tabagismo, desidratação e presença de varizes.
A condição é divida em dois tipos: arterial e venosa. A SBACV classifica a primeira como “um predomínio de plaquetas que geralmente se instalam sobre uma placa de cálcio ou gordura”, fazendo com que a formação de coágulos dentro do coração afete a circulação e obstrua uma artéria à distância, resultando em embolia.
Já a segunda se caracteriza pela obstrução de veias secundárias ou principais, acometendo especialmente os membros inferiores — na maioria das vezes associada a fatores de risco. Gustavo destaca que os sintomas correspondem ao local da trombose. Os mais comuns são sensação de peso ou de uma perna maior que a outra, inchaço, dor e vermelhidão no membro acometido. “Em casos mais graves pode haver tontura, queda da pressão e falta de ar”, pontua.
Portanto, mesmo que não haja fator de risco, ao sentir qualquer sintoma característico é imprescindível consultar um médico vascular. Afinal, quando não tratada ou adiada, a doença pode trazer graves consequências à saúde.